Anúncio

sábado, 26 de novembro de 2016

O legado de um Ditador (a morte de Fidel Castro)

O legado de um Ditador (a morte de Fidel Castro).
Por Pedro Duarte (Professor de História, Atualidades e Ciências Políticas)
A morte, aos 90 anos, de Fidel, encerra um capítulo importante (mesmo que trágico) da história mundial.
No dia de hoje, além das notícias em telejornais e páginas de internet sobre a morte desse personagem histórico, muitos políticos, personalidades e pessoas em geral, lamentaram sua morte e renderam homenagens a Castro.
Mas afinal, quem foi Fidel Alejandro Castro Ruz?
O guerrilheiro Castro, líder da Revolução Cubana, que derrubou o governo ditatorial de Fulgêncio Batista para iniciar a mais longa ditadora da história da América, e que juntamente com seu companheiro Ernesto Che Guevara, tornou Cuba por quase seis décadas um regime autoritário sem liberdades civis e democráticas, causou a morte de mais de 40 mil pessoas em nome da "revolução" e fez com que outras 100 mil pessoas fugissem de sua terra natal para não morrer.
O Chefe de Estado Fidel, que em 1962 recebeu mísseis soviéticos, que apontados para as principais capitais norte-americanas, quase causou a Terceira Guerra Mundial.
O homem homofóbico autor da frase: "Não creio que um homossexual possa incorporar as condições e requisitos de conduta que nos permita considerá-lo um verdadeiro revolucionário. Um desvio dessa natureza se choca com o conceito que temos do que deveria ser um militante comunista" e que perseguiu negros e gays com seu preconceito. Ou o machista, que perguntado sobre as mulheres em seu governo disse: "estão na cozinha, preparando a comida!", definem o comportamento moral do líder revolucionário da esquerda que hoje tanto combate a homofobia e o machismo.
Eis Fidel Alejandro Castro Ruz.
Por isso, dia de hoje, homenageá-lo e render-lhe honras de bom homem é o mesmo que exaltar Hitler, Stalin, Pinochet ou qualquer outro genocida que manchou com sangue a história do século XX.
Sua morte marca o fim de um triste capítulo da história da humanidade e traz, mesmo que tardiamente, JUSTIÇA aos que morreram por suas mãos.
#MENOSDITADORES
#MAISLIBERDADES




quinta-feira, 10 de novembro de 2016

A imprensa demagoga, achismo no Facebook e Vitória de Trump

Desde ontem eu tenho acompanhado pelo facebook o "bombardeio de achismos" sobre a vitória do

Presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump.
Parece que virou uma obrigação social desenvolver uma "pré-ocupação" sobre seu futuro governo sem que o mesmo tenha assumido a presidência. E de ontem pra cá eu tenho lido muita (mas MUITA) bobagem especulativa sem fundamentação teórica e/ou baseada em informações com grau de credibilidade duvidosa. É como se cada pessoa estivesse usando uma Bola de Cristal e cartas da tarô para prever como será um governo que nem começou ainda.
Para as "Máes Dináhs", "Valter Mercados" e demais "Pais de Santo da Política Internacional", eu aconselho que interpretem o presente momento, baseados sempre na história: a chama do verdadeiro conhecimento.
Ok, eu até entendo que não é todo mundo que se dedica a ler e - mais que isso - interpretar os fatos que a história nos deixou.
Porém, sobre esse "medo" que parte da atual sociedade foi tomada devido a vitória de Donald Trump, fui trazer lá da história dois exemplos parecidos, nos governos de Richard Nixon e Ronald Reagan.
O rosto nada carismático de Richard Nixon sempre lhe custou a aversão da sociedade americana e mundial; sua posse também foi severamente criticada e - na época - especulava-se que o novo presidente aumentaria a Guerra do Vietnã e conduziria o mundo para maiores tensões durante a Guerra Fria. Nixon retirou os EUA do Vitenã e ainda ajudou a reduzir as tensões políticas entre China e URSS.
Mesmo com a menor popularidade da história dos presidentes americanos, agravada muito em parte pelo Escândalo Watergate, Nixon ao renunciar a presidência entregava os EUA num cenário de liderança mundial.
Poucos anos depois, um ator de Hollywwod, chamado Ronald Reagan também vencia a corrida presidencial em meio a inúmeras críticas sobre seu futuro governo.
Reagan, além de aproximar-se da URSS de Gorbachev e reduzir o armamento nuclear que ameaçava a paz mundial, ainda ajudou a desenvolver uma série de medidas econômicas, chamada de Consenso de Whashington, que visava combater a crise e a pobreza em países subdesenvolvidos.
Ao final de seu mandato, o mundo viu o fim da longa Guerra Fria e a consolidação da Globalização.
Na época em que Nixon e Reagan foram eleitos não havia rede social e internet, as críticas eram bem menores, nem por isso tão absurdas como as de hoje, sobre a figura de Trump.
Por isso, antes de sair atirando a esmo, discursando Geopolítica com argumentações dignas de boteco de esquina e utilizando "Bolinha de Cristal" para antever o futuro política econîmica mundial, dê uma lida - nem que seja superficial - na história e busque interpretá-la primeiro.